sábado, 16 de fevereiro de 2008

Temperatura dos vinhos

Qual a influência da temperatura no gosto do vinho que você toma? Você tem idéia?

O vinho sofre mais com o calor do que o frio. Um vinho servido muito fresco pode se reaquecer rapidamente, seja pelo calor do ambiente, seja pelo calor das mãos. Mas um vinho servido em temperatura muito elevada é díficil de refrescar, e o prazer de bebê-lo corre o risco de ser completamente arruinado.

Temperatura ambiente

A temperatura ambiente de que se fala é a européia, que na maior parte do ano não ultrapassa 20ºC ou 22ºC e acaba coincidindo com as temperaturas ideais para degustação de vinhos tintos. Acima dessa temperatura o álcool do vinho começa a evaporar, o que desequilibra a bebida, libera um aroma agressivo de álcool e o vinho perde a sensação aromática da fruta.

Sabemos que o calor permite que o buquê agradável do vinho se mostre. Os aromas variam de um vinho para outro, por isso servi-lo na temperatura certa, estaremos dando a oportunidade de o vinho poder dar o melhor de si.

Como o calor acentua a acidez, os vinhos brancos devem em geral ser servidos frios para ter menor dureza. Quando a garrafa está fresca, a acidez se alia à fruta do vinho e o torna agrável e refrescante, algo que se pode esperar de qualquer vinho branco.

Importante: Existe uma temperatura mínima limite para todos os vinhos. Abaixo de 6ºC anestesiam-se as papilas gustativas.

Fonte: Larousse do Vinho



Não há um consenso absoluto entre enólogos e especialistas sobre as melhores temperaturas de servir os vinhos. No entanto, baseando-se em princípios científicos e nos valores médios sugeridos por enólogos renomados, sugere-se, para otimizar a percepção da qualidade, servir os vinhos nas seguintes temperaturas:


20º Tintos bastante estruturados, longamente envelhecidos e complexos
18º Tintos estruturados e envelhecidos, Porto Vintage e LBV
17º Tintos de média estrutura e de elevada qualidade
15º Tintos jovens e com pouco tanino, frutados e leves
12º Licorosos tintos, Porto Tawny e Ruby, Madeira, Sauternes e Colheita Tardia

11º Brancos Secos de elevada qualidade e complexidade, Vinhos Rosados
10º Champagnes envelhecidos e de elevada qualidade, Málaga, Porto Branco, Sherry
9º Espumantes Extra-Brut, Brut mais evoluídos e complexos, Vinhos Brancos Secos
8º Espumantes Brut e Prosseco, Vinhos Brancos aromáticos Secos
7º Vinhos Brancos Doces
6º Espumante Demi-Sec e Seco
5º Moscatel Espumante e Asti Spumante

Fonte: Mauro Celso Zanus
zanus@cnpuv.embrapa.br

2 comentários:

  1. Degustação de vinho em Minas

    - Hummm...

    - Hummm...

    - Eca!!!

    - Eca?! Quem falou Eca?

    - Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?

    - Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...

    - Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!

    - Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?

    - Cebesta, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!

    - Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!

    - O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?

    - Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então...

    - E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!

    - O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no...

    - Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim!

    - Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...

    - Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...


    - O senhor poderia começar com um Beaujolais!

    - Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!

    - Então, que tal um mais encorpado?

    - Óia lá, ocê tá brincano com fogo...

    - Ou, então, um suave fresco!

    - Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada!

    - Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!

    - Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, memo! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...

    - Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?

    - E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?

    - Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?

    - Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!

    - Mole e redondo, com bouquet forte?

    - Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!...

    Luiz Fernando Veríssimo

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  2. teve pãoo com maionese, e eu nem fui convidada....
    :-)
    Lu.

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