quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Chile

Nosso vizinho Chile, possui cinco grandes zonas vitícolas conhecidas, sendo que as principais para produção do vinho são quatro:
COQUIMBO
ACONCÁGUA(Aconcágua e Casa Blanca)
VALE CENTRAL (Maipo, Rapel, Curicó e Maule)
SUL (Itata e Bío-Bío)
Da relação citada acima, as primeiras estão situadas mais ao norte.
O grande fator que faz com que o Chile possua todos os atributos que são considerados para o cultivo das uvas (ele detém 5% da participação mundial), está na diversidade de seus solos (microclima), as barreiras naturais e a sua qualidade da água.
Microclima: Conjunto de atributos (localização do vinhedo, composição do solo, irrigação, ângulo de incidência do sol, tempo que as uvas estão expostas ao sol, variação da temperatura dia/noite, dentre outros) Destaque-se a ausência da filoxera (parasita que quase destruiu os vinhedos da Europa no Século XIX.
Barreiras Naturais: Deserto de Atacama (norte), os glaciares (sul), cordilheira dos andes (leste), oceano pacífico (oeste).
Qualidade da água: Por não ter em abundância a água no Chile e muito bem aproveitada, seja utilizando a água proveniente do degelo da neve da cordilheira, seja pelo armazenamento em cisternas ou dos poços artesianos, a irrigação esta presente na maior parte das regiões utilziando-se o processo por gotejamento.

No Chile é possivel encontrar videiras com mais de 100 anos, que preservam integralmente o seu carácter original.

Tudo isso serviu para inspirar nosso encontro:
Desta feita, Chilenos - Cabernet Sauvignon.

Um grupo bem maior de pessoas, contadores, médicos, engenheiros, empresários e até um capelão, que acima de tudo preservam boas amizades e também gostam de um bom vinho associado a uma boa mesa estavam presentes.

Encontro realizado nos altos do morro da lagoa da conceição, um local muito bonito, cheio de belezas naturais que convidava mesmo para além de apreciar a vista, apreciar vinhos.

Se você desejar navevar um pouco nas páginas das vinícolas produtoras dos vinhos que degustamos, seguem abaixo os links.

Cousino Macul -
Casa Blanca - Nimbus
Casillero del Diablo -
Montes Alpha -
Santa Carolina -
Conha y Toro - Marques de Casa Concha

E aí está a costela prometida, que foi devidamente acompanhada do Aipin com Bacon. Uma delícia.

A dita cuja, ficou desde as 16:00hs no fogo até as 21:00hs quando então foi servida. Vale aqui ressaltar que o preparo de uma costela deve sempre ser dado o merito ao assador, neste caso o Ivanir que com auxílio do Caseiro, controlou de forma on line o fogo, deixando a carne tão saborosa quanto ao um fogo de chão. Muito bom.

Abaixo a esquerda: Vanio e Ivanir  "Charqueador"
Abaixo a direita: Ariosto, Jacy, Marcelo e Xirú


Acima a esquerda: o Dono da Casa (Roma), Ivan, Heitor "gigante cuíudo" segndo o Ivanir e Dr Confúcio
Acima a direita: Darley, Baron, Jacy e Vânio


Muitas vezes, nem precisamos fazer forças para encontrar gente boa, não é?
Abaixo a esquerda, Odair e Ariosto. Será que estavam falando de negócios?
A Direita o Capelão Leandro e Dr. Confúcio em momento de boa conversa.
As gargalhadas dos 3 pode ter certeza que é piada. Da esquerda para a direita Luiz, o caseiro Osvaldo que muito contribuiu para o feito e o ASSADOR Ivanir.
A Direita Ivan da Escritólândia e José Biezza, provavelmente contando fatos de um passado não tão distante.
Logo abaixo: Ivanir, Luiz e Leandro e a direita: Odair (compadre), Ariosto, Marcelo e Quilante

Heitor, ladeado pelo Roma e a direita José, Marcelo, Odair e Ariosto.
 
Resumo: Foi bom demais, poder mais uma vez reunir amigos num propósito de conversas e degustação.
Que venham os próximos encontros e que sejam bons tanto quanto foi este.
 
Para complementar sobre o Chile:
As classificações:
Em 1995 o Chile estabeleceu por lei que 75% do vinho deve ser da variedade e do exato local que aparecem no rótulo, permitindo que apenas 25% possa variar a essas especificações. Não há nenhuma exigência particular a respeito da produção de vinhos de reserva, mas todos os vinhos que indicam a designação Reserva, Gran Reserva ou Reserva Especial indiquem o lugar de origem.
 
As Variedades:
Enquanto o país produziu vinhos apenas para o mercado doméstico durante um longo tempo, os winemakers chilenos confiaram nos varietais que produziram grandes volumes de vinho inferior. Muitos destes vinhedos ainda estão produzindo uvas tintas. Moscatel Alejandria, Sauvignon (na maior parte Sauvignon Vert ou Sauvigon Gris), Sauvignonasse, e Torontel, todas ainda em produção, entram na mesma categoria.

A moderna indústria de vinho chilena investiu pesadamente nos varietais tintos de qualidade elevada para a exportação, produzindo atualmente Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir, Malbec e Syrah. O Carmenère francês, trazido primeiramente ao Chile por volta de 1800, transformou-se num varietal primordial. As uvas brancas de prestígio incluem Chardonnay, Sauvignon Blanc, Sémillon e Riesling. A maioria dos novos vinhedos com recursos tecnológicos avançados são plantados com Cabernet Sauvignon, Chardonnay, e Merlot. Ironicamente, os consumidores chilenos podem ter dificuldades para encontrá-los em seu próprio país, porque os produtores concentraram toda a produção para o mercado externo.

Das regiões:
De norte a sul, as regiões vinícolas designadas pela lei de 1995 são Aconcagua (incorporando Casablanca), o Vale Central (incluindo Maipo, Rapel, Curicó, e Maule), e a região do sul (incluindo Itata e Bío-Bío).

As regiões de Atacama e de Coquimbo na área norte e muito quente do Vale Central, são identificadas também, mas as uvas que produzem são principalmente para Pisco e para consumo in natura.
Aconcágua
Como a região mais ao norte, Aconcagua é a região mais quente e seca do Chile, especializando-se em Cabernet Sauvignon bastante encorpado e em outros vinhos tintos. Paradoxamente, a sub-região do Aconcagua, Casablanca, é uma das mais frescas do país devido a seu clima litoral. Como uma das regiões mais novas, ela se especializa em Chardonnay, às vezes fermentado ou envelhecido em barricas de carvalho, e freqüentemente demonstrando aromas e sabores de aspargos. Ele é vinificado às vezes como o vinho espumante, com a mesma estrutura. Os Sauvignon Blanc de Casablanca tendem a ser frescos e de aromas cítricos, com sabores de frutas tropicais. Ambos estão sendo considerados como os vinhos brancos mais interessantes do país.
Bío-Bío
Bío-Bío, a área mais ao sul e a maior do Chile, têm 66.700 acres de uvas de vinho (1991), dois terços são tintas, na maior parte a uva Pais. As grandes quantidades de Moscatel Alejandria são produzidas também aqui para o consumo doméstico. Devido às grandes áreas de pantanal com péssima drenagem, a precipitação mais alta do que média e as poucas horas de luz do sol, a área é atualmente imprópria para os varietais finos, embora com gerência apropriada pode ter um potencial maior.
Maipo
Entre os vinhos do Vale Central, Maipo, ao sul da cidade de Santiago, é pequeno, mas bem-representado em etiquetas da exportação; produz os vinhos brancos e tintos aproximadamente em igualdade, particularmente Sémillon e Cabernet Sauvignon, os melhores têm aromas bem desenvolvidos de frutas, bom corpo e envelhecimento em barricas. Na área de Rapel, as uvas de Sémillon e Cabernet Sauvignon predominam. A sub-região de Colchagua, ao sul, teve grandes investimentos nos anos 90 pelas vinícolas "boutique", cujos vinhos começaram a atrair a atenção crítica internacional. Uma nova concentração em plantio nas encostas promete mesmo mais vinhos com caráter do excelente terroir local. O vinho tinto está estabelecendo-se como o "rei" nesta área, pelo menos até hoje. Os notáveis Cabernet Sauvignon de Colchagua podem também incorporar o Merlot ou Cabernet Franc em vinhos densos, envelhecidos em barricas e muito saborosos. Colchagua produz também Carmenère notável, Malbec e Syrah asssim como distintos Chardonnay.
Maule
Ainda mais ao sul, a sub-região do Vale de Curicó, produz vinhos frutados com abundância de taninos. Maule, que a influência marinha torna uma das áreas mais frescas e mais nubladas, produz ainda quantidades grandes da variedade Pais para o consumo doméstico, assim como Cabernet Sauvignon, Merlot, Sémillon e Sauvignon Blanc para exportação.

Encerro com uma citação.
"O bom vinho é um camarada bondoso e de confiança, quando tomado com sabedoria." (William Shakespeare)

sábado, 6 de novembro de 2010

Argentina - Malbec

Ontem (05/11/2010) nos reunimos no "Ponto Alto Café" para uma boa rodada de conversas e degustação. Presentes: (11) Ademir (pai do Kilian) - Aloisio - Ariosto - Baron - Darley - Ivanir - Jacy - José - Kilian - Marcelo - Xirú

O Ivanir Dutra preparou picanha ao alho no seu famoso disco de arado e o José Biezza a salada e arroz.
Nossos amigos (Darley, Ivanir e Baron) recém vindos de Buenos Aires, fizeram um agrado ao grupo doando uma garrafa de vinho.

Antes de tudo, um agradecimento aos presentes que contribuem com o grupo e trazem novas idéias para manutenção desta "brincadeira". Também aos que estiveram pela primeira vez conosco,  o convite de sempre que possível, participem conosco de nossas degustações e tragam idéias, compartilhem experiências, para novas harmonizações e novos desafios.

Como sabemos, o vinho emblemático da Argentina é o MALBEC.
Desta forma, nossa proposta no encontro foi desgustar MALBECs Argentinos.
Alguns dos nossos, possivelmente tenham tido a percepção do Café, da Baunilha, da Framboeza e da Madeira presentes nos vinhos degustados. Alguns mais outros menos.


Quando desejamos tomar/degusgar um bom vinho, sabemos que o tipo de uva  é só o primeiro segredo de uma boa garrafa, seja Malbec, Chardonnay, Merlot, Cabernet, Torrontés, Carménère, Syrah e tantos outros. Portanto não tenha vergonha de garinpar um rótulo quando for às compras. Seu prazer deve ser levado em conta. Se você gosta de provar novas uvas, novas vínicolas ou cepas, vá em frente. Quanto mais a gente degusta mais nosso paladar avança.

Da simplicidade de um Rosé a um bom Tinto, as variações são muitas. Felizmente com um grupo que pretendemos aumentar a cada novo encontro (se possível) as oportunidades de combinar comida com vinhos tornar-se-á cada vez mais possível e prazerosa. Estas harmonizações dependerão, claro que de nossos esforços em fazer com que a cada encontro os participantes relatem, detalhem sua percepção, pois na maiora das vezes é o mesma, porém com lembranças distintas, enriqueçendo nosso paladar e memória gustativa.
Balbo, AltoSur, Santa Júlia, Chalten, Norton e Blend Special da Del fin del mundo, foram os rótulos apreciados. O percentual de alcool presente variou de 13% à 14,5% e as safras foram 2006, 2007, 2008 e 2009(rosé). Os comentários sobre os vinhos sempre serão bem vindos.
Vamos aprender juntos? Essa é a idéia.
Você poderá saber mais sobre a Argentina,  especialmente sobre as vínícolas neste link:
Bodega Norton - Norton
Finca Sophenia - Alto Sur
Familia Zucardi - Santa Júlia

Não abuse da bebida. Curta com moderação.