quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um pouco de história

Contada a mais de 1.700 anos, a história é relembrada no livro “Vinho & Guerra”. Saborosa obra do casal de jornalistas americanos Don e Petie Kladstrup.


Contam os autores que no tempo de São Martinho o vinho era feito da maneira como avós e bisavós o haviam feito. Não havendo especialistas a quem recorrer, cada um seguia as tradições que conhecia e com que crescera. O plantio, a colheita e a poda eram feitos de acordo com as fases da lua. Pessoas mais velhas lembravam com freqüência aos mais jovens que os méritos da poda foram descobertos quando o burro de São Martinho se soltou nos vinhedos.

Isso aconteceu quando São Martinho, cavalgando um burro, saiu para inspecionar alguns vinhedos que pertenciam ao seu mosteiro, no vale do Loire. Ele era um amante do vinho e instruía a todos com relação às práticas mais recentes da vinicultura. São Martinho amarrou seu burro junto às videiras e foi tratar do serviço. Ficou ausente por várias horas. Quando voltou, descobriu horrorizado que o burro tinha mascado as videiras e que algumas tinham sido mastigadas até o tronco.

No ano seguinte, contudo, os monges tiveram a surpresa de ver que exatamente aquelas videiras tinham voltado a crescer com mais força e produzido as melhores uvas.

Os monges aprenderam bem a lição e, século após século, a poda tornou-se parte da rotina de todo o vinicultor.

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